FORA DAS REGRAS
Inspiro fundo ao ver longe a inspiração:
Eis-me, à deriva no mar das reticências,
Sem pensamentos que ilustrem minha essência;
Atordoado por vagas vozes na solidão...
Nem me preocupo com a métrica, ou divisão;
Não me sei poeta, fatigado às aparências;
Troco as rimas ricas e pobres, rasgo a decência
De meus sonetos amadores, ou dores-paixão?
Sei das regras, mas nas regras não me sei;
Sei da força de um verso senil, fraco;
Sei que o bom saber me diz que não sei nada!
Quis saber do vento apenas que voei,
Mas cheguei à conclusão que é tudo vácuo:
Solidão, furtas-me a brisa, mesmo a inspirada...
Gama-DF, em 10 de junho de 2016.
Um comentário:
Lindo poema, venho também participar que tive de excluir várias foros entre elas o meu banner.Agora já está tudo bem e agradecia que actualiza-se. Obrigado e muita paz de Jesus.
António.
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