quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Lembrança de um grande amigo...








Hoje fazem exatos 11 (onze) anos que meu grande amigo, Josué Rodrigues Neves, partiu para o Senhor.

Deixou muitas saudades visto que passou por esta existência marcando os nossos corações. Lembro-me de suas brincadeiras, de suas caras e bocas e o jeito moleque que conquistava qualquer um que o conhecia. Tinha ele 26 anos (como me corrigiu minha amiga Geyse Ambrósio) quando um acidente nos privou de sua alegre companhia. Recordo-me que, no seu último aniversário, a juventude Renovação enviou à porta de sua casa um carro de som para homenageá-lo, o que não o constrangeu nem um pouco. Depois ainda brincamos como crianças, dançando o check-check (acho que era esse o nome da dança).

Lembro-me de seu amor por seu Estado, Tocantins, e em especial por Palmas, manifesto numa foto que ele deixava a vista de todos em seu quarto, quando ainda morava em uma quite na quadra 4 do Setor Sul do Gama – DF. Em seu computador havia várias plantas e desenhos, pois seu desejo era tornar-se engenheiro arquitetônico. Creio que alguns daqueles desenhos nunca irão se apagar de minha mente. Recordo-me, também, do jornalzinho idealizado, construído e editado por sua mente criativa, onde havia várias matérias de interesse da igreja e da mocidade Renovação.

Infelizmente, na noite de 06 de outubro do ano 2000, devido à imprudência de um taxista que tentou uma ultrapassagem pelo acostamento, o carro em que Josué estava foi arremessado contra um ônibus ocasionando a morte dele e de outros dois jovens. Sobreviveu, por milagre, apenas o motorista do carro em que Josué se encontrava, Alan José da Costa. A partir daquele triste dia, três mães não mais sentiriam o afago de seus filhos, cujos nomes trago à memória: André Santos de Oliveira, Arlan de Souza Lima e, meu grande amigo, Josué Rodrigues Neves.

Não posso deixar de citar minha indignação ao saber que o condutor do táxi que deu causa a todo o acidente, cumpriu a pena de 2 (dois) anos, 4 (quatro) meses e 24 (quatro) dias de detenção, no regime aberto, e – pasmem! – teve sua carteira de habilitação suspensa por apenas 2 (dois) meses e 12 (doze) dias, conforme acórdão prolatado no dia 10 de maio de 2007, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (Apelação Criminal nº 2001.08.1.001207-3).

As nossas lágrimas, porém, foram estancadas pela esperança de um reencontro que, de modo singelo, expressei numa canção:

Um olhar sem direção
Ao ouvir uma canção
Muitas lembranças vêm e vão
Seria um adeus, ou não?
Palavras que às vezes dão
Uma pontada ao coração
Tornam mais forte a petição
Por um reencontro entre irmãos

Uma saudade que não cessa
Uma esperança que é certa

Aos que partiram até breve,
Que aos que ficaram nunca cesse
O amor de Deus que prevalece.
A união que nos aquece
Consola àquele que carece
De uma palavra ou uma prece
Tal qual o querer que se persegue
De um grande amigo não se esquece.

A todos vocês que têm grandes amigos, cultivem esse momento e curtam uns aos outros. O mais importante de tudo é cultivarem essa amizade na presença do Eterno, para que, nem mesmo a distância ou a morte, possam separá-los do amor que se revelará infinito, tanto em tempo quanto em profundidade, quando não mais estivermos nesse plano.

Em breve nos encontraremos de novo! Assim creio; assim espero!


Jordanny Silva