sexta-feira, 9 de março de 2012

Aforismos e poesias: lúcidos devaneios - Parte 14




Liberdade

Quando o olhar mais atento encontrar o limite
Quando não mais ouvirmos, bem suave, à voz
Quando a paz ou o sorrir perder chão para o algoz
E a verdade mostrar a maldade que existe

Que nos olhos, ações e palavras, reside
Manifesta na vida, e na alma; em nós
Inspirando, o pecado não nos deixa a sós
Donde nem mesmo há fuga, pois, em nós, persiste

Lembra da amarga Cruz, lembra da vil vergonha!
Lembra do Inocente e do fel, do madeiro!
Lembra o preço da paz que advém do castigo!

Pois dali redenção no amor, sim, emana
Enxertados ao Caule alguns zambujeiros
Aos quais sempre, o bom Mestre, lhes chama: amigos!

Jordanny Silva
Gama – DF, 13 de fevereiro de 2012.