Em tópicos anteriores nós tratamos da injustiça e corrupção do homem em relação à legislação e à própria aplicação da justiça segundo o seu entendimento. Concluímos pela falência humana e pela soberania e infalibilidade divina. Entretanto, sinto-me motivado a tecer algumas considerações acerca da Lei e da Graça de Deus, baseado em estudos que fiz. Boa leitura a todos!
I) Lei e o pecado
O Apóstolo Paulo em sua carta escrita aos Romanos do Capítulo 7, consigna algumas considerações acerca da Lei e do pecado. É comum colocarmos a culpa da existência do pecado na lei. Chegamos a acreditar que, se não houvesse Lei, não haveria pecado. Entretanto, vemo-nos obrigados a questionar se o pecado depende ou não da Lei.
Lendo a carta de Paulo, chegamos a algumas conclusões: na verdade, não é o pecado que depende da Lei; mas, e ao contrário, a Lei existe por causa do pecado. Veja que este texto bíblico apenas nos informa que a Lei, por ser boa, nos tira da ignorância e, por intermédio dela, nos tornamos cientes da existência do pecado. Para podermos compreender melhor, imaginemos um crime de homicídio: o assassinato de Abel, pelas mãos de Caim, dependeu da existência da lei? Foi necessário instituir uma lei que proibisse o homicídio para que o pecado de matar alguém viesse a existir? A resposta é clara: não.
Desse modo, o ato de homicídio existe independentemente da Lei. A Lei apenas legitima a punibilidade à transgressão. Veja que a Lei foi instituída para garantir a segurança daqueles que não praticam o pecado. Ou seja, a Lei, quando nos informa “não matarás”, na verdade, apenas assegurou àqueles que não cometem o ato de homicídio de serem afligidos em seu direito à vida.
O Apóstolo Paulo em sua carta escrita aos Romanos do Capítulo 7, consigna algumas considerações acerca da Lei e do pecado. É comum colocarmos a culpa da existência do pecado na lei. Chegamos a acreditar que, se não houvesse Lei, não haveria pecado. Entretanto, vemo-nos obrigados a questionar se o pecado depende ou não da Lei.
Lendo a carta de Paulo, chegamos a algumas conclusões: na verdade, não é o pecado que depende da Lei; mas, e ao contrário, a Lei existe por causa do pecado. Veja que este texto bíblico apenas nos informa que a Lei, por ser boa, nos tira da ignorância e, por intermédio dela, nos tornamos cientes da existência do pecado. Para podermos compreender melhor, imaginemos um crime de homicídio: o assassinato de Abel, pelas mãos de Caim, dependeu da existência da lei? Foi necessário instituir uma lei que proibisse o homicídio para que o pecado de matar alguém viesse a existir? A resposta é clara: não.
Desse modo, o ato de homicídio existe independentemente da Lei. A Lei apenas legitima a punibilidade à transgressão. Veja que a Lei foi instituída para garantir a segurança daqueles que não praticam o pecado. Ou seja, a Lei, quando nos informa “não matarás”, na verdade, apenas assegurou àqueles que não cometem o ato de homicídio de serem afligidos em seu direito à vida.
Amados, o que quero dizer com tudo isso? A Lei de Deus não é ruim. E, tampouco, criou o pecado. A Lei de Deus tipificou os atos contrários à Sua vontade. Tais atos, consequentemente, receberam a nomenclatura de pecado. A Palavra nos informa que a Lei de Deus é boa e o pecado é mau. A Lei existe para nos trazer segurança contra os pecadores. Na verdade, a Lei existe para os infratores.
II) A Lei e a Justiça
Ora, mas se a Lei é boa, devemos então viver sob o jugo da Lei? O que significa viver sob o jugo da Lei? Para responder a esta indagação é necessário, também, compreender o que vem a ser a Justiça. Em um sentido mais restrito (por tratar-se da Justiça Divina) e, compreendendo-se que a Lei é boa, há que se entender a Justiça como sendo o ato de aplicação da Lei. Ou seja, para aplicação da Justiça deve haver o exercício jurisdicional (juris = direito; dictio = dizer). Deus, como o Justo Juiz é quem detém o poder jurisdicional sobre sua Lei. Entretanto, o inimigo é também conhecedor da Lei do Senhor e quer que a mesma seja aplicada a quem for infrator.
Desse modo, viver sob o jugo da Lei é o mesmo que estar subordinado à aplicação da Lei, por intermédio da Justiça, sobre nossas vidas. Entretanto, que conseqüências a incidência e aplicação da Lei traz pras nossas vidas? A palavra de Deus afirma que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Como disse antes, a Lei é para os infratores, pois, necessariamente, os que infringem a Lei suportarão as sanções advindas deste ato. Contudo, todos nós somos infratores. Conclui-se, portanto, que todos nós somos dignos de condenação quando estamos debaixo da Lei.
III) A Lei e a Justificação
Ao tratar do tema “Justificação”, gostaria de, primeiramente, trazer uma rápida noção de direito penal. Um crime, segundo a definição do Código Penal, é um fato típico (pré-definido na lei) e antijurídico (ilícito). Entretanto, o caráter ilícito do crime pode ser afastado caso o ato praticado pelo agente seja justificado. Dentre as hipóteses de justificação, em relação à lei penal brasileira, nós temos a legítima defesa. Uma pessoa que, por exemplo, mata outrem a fim de salvaguardar sua própria vida, está justificado em relação a sua atitude homicida. Compreenda que o fato típico “matar alguém” pré-definido na norma penal ocorreu, mas por ter sido em legítima defesa, é afastado o caráter ilícito (antijurídico), estando, portanto, justificado tal ato.
A justificação no contexto bíblico ocorre de forma semelhante. Jesus cumpriu a Lei em sua integralidade e também cumpriu a Justiça. O cumprimento da Lei existe quando não há infração. Cristo Jesus (Cordeiro Santo) não infringiu a lei pré-estabelecida. Ora, já compreendemos que a Justiça é a aplicação das sanções da Lei em face de seus infratores. A Palavra de Deus nos informa, em Isaías 53, que Cristo levou sobre si todos os nossos pecados e as nossas iniqüidades. Na verdade, a condenação que surgia por intermédio da Justiça foi imposta e aplicada sobre Jesus. Desse modo, a Justiça foi inteiramente cumprida por meio do sacrifício vicário de Cristo. Vejamos que a Lei continua sendo válida, porém, a sanção penal não é mais aplicável àqueles que não vivem sob o seu jugo.
IV) A Lei e a Carne
Dando continuidade à interpretação do texto disposto em Romanos 7, compreendemos que a finalidade precípua da Lei, a qual é o instrumento que traz o conhecimento acerca do pecado, é limitar a carne. Portanto, todos aqueles que estão na carne encontram-se sob o jugo da Lei, ao passo que esta é aplicada por intermédio da Justiça. Não obstante, quando o indivíduo se encontra na carne, é travada uma guerra interna entre o “querer” e o “efetuar”. Note-se que a Lei atinge o “querer”, que é bom. Já a carne, que é má, dirige o “efetuar”. Diante disso, o “efetuar” da carne é o “não querer” do espírito. Por isso Paulo se expressa da seguinte forma: “o que quero fazer não faço; e o que eu faço é o meu não querer”.
Enquanto estamos na carne somos sujeitos às sanções da Lei, e significa dizer que estamos sob o jugo da Lei. Na carne, somos escravos do pecado e, ao mesmo tempo, réus de condenação. Importa suscitar que Paulo nos informa que o tempo da ignorância não será levado em conta. Tal ignorância está relacionada à Lei e não ao pecado. Note-se que, ao conhecermos a Lei, automaticamente nos tornamos, também, cientes do pecado.
V) CONCLUSÃO - A Graça que provém de Cristo
O Apóstolo Paulo inicia o capítulo 8 da carta escrita aos cristãos de Roma dizendo o seguinte: “PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Ora, nisso está a nossa diferença, e por isso dizemos que já não estamos sob o jugo da Lei.
Quando estamos em Cristo, e se realmente estamos em Cristo, a Lei não se aplica a nenhum de nós. Primeiramente porque, sabendo que a Lei foi criada como uma forma de limitação para a nossa carne, já fomos sepultados com Jesus em sua morte, ou seja, a carne já não vive. Eis que tudo novo se fez. E este novo homem que ressurge é espiritual. Se, portanto, estamos no Espírito, já não pendemos para a carne e o pecado já não nos escraviza.
Em segundo lugar concluímos que Cristo já cumpriu a Lei, com a obediência, e a Justiça com o seu sacrifício na Cruz do Calvário, desse modo, para nós que estamos n’Ele, a sanção penal (aqui entendida como aplicação da Lei em face do infrator) já foi executada. Somos, pois, justificados em Cristo. A Justificação nos alcançou. A Justiça passa a fazer parte da nossa natureza. Em Rm. 5:20 lemos o seguinte: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;”.
Para Glória de Deus, não há mais condenação para nós que estamos em Cristo. Se realmente você está no Espírito o teu “querer” se torna o teu “efetuar”, ou seja, a Lei se confirma em nós, pelas nossas ações. Vivamos a liberdade conquistada pela Graça! Vivamos a liberdade concedida pelo Espírito! A paz do Senhor a todos!
Referências Bíblicas
Texto Chave
Rm. 7: 7-25; Gn. 4:8; Êx. 20:13; 1Tm. 1: 9; Sl. 89: 14; Pv. 13: 6; Pv. 21: 15; Is. 54: 17; Rm. 5: 17; Rm. 10: 4; Rm. 3: 23; Is. 53: 5; 1Co. 15: 45; At. 17: 30.
II) A Lei e a Justiça
Ora, mas se a Lei é boa, devemos então viver sob o jugo da Lei? O que significa viver sob o jugo da Lei? Para responder a esta indagação é necessário, também, compreender o que vem a ser a Justiça. Em um sentido mais restrito (por tratar-se da Justiça Divina) e, compreendendo-se que a Lei é boa, há que se entender a Justiça como sendo o ato de aplicação da Lei. Ou seja, para aplicação da Justiça deve haver o exercício jurisdicional (juris = direito; dictio = dizer). Deus, como o Justo Juiz é quem detém o poder jurisdicional sobre sua Lei. Entretanto, o inimigo é também conhecedor da Lei do Senhor e quer que a mesma seja aplicada a quem for infrator.
Desse modo, viver sob o jugo da Lei é o mesmo que estar subordinado à aplicação da Lei, por intermédio da Justiça, sobre nossas vidas. Entretanto, que conseqüências a incidência e aplicação da Lei traz pras nossas vidas? A palavra de Deus afirma que todos pecaram e destituídos estão da Glória de Deus. Como disse antes, a Lei é para os infratores, pois, necessariamente, os que infringem a Lei suportarão as sanções advindas deste ato. Contudo, todos nós somos infratores. Conclui-se, portanto, que todos nós somos dignos de condenação quando estamos debaixo da Lei.
III) A Lei e a Justificação
Ao tratar do tema “Justificação”, gostaria de, primeiramente, trazer uma rápida noção de direito penal. Um crime, segundo a definição do Código Penal, é um fato típico (pré-definido na lei) e antijurídico (ilícito). Entretanto, o caráter ilícito do crime pode ser afastado caso o ato praticado pelo agente seja justificado. Dentre as hipóteses de justificação, em relação à lei penal brasileira, nós temos a legítima defesa. Uma pessoa que, por exemplo, mata outrem a fim de salvaguardar sua própria vida, está justificado em relação a sua atitude homicida. Compreenda que o fato típico “matar alguém” pré-definido na norma penal ocorreu, mas por ter sido em legítima defesa, é afastado o caráter ilícito (antijurídico), estando, portanto, justificado tal ato.
A justificação no contexto bíblico ocorre de forma semelhante. Jesus cumpriu a Lei em sua integralidade e também cumpriu a Justiça. O cumprimento da Lei existe quando não há infração. Cristo Jesus (Cordeiro Santo) não infringiu a lei pré-estabelecida. Ora, já compreendemos que a Justiça é a aplicação das sanções da Lei em face de seus infratores. A Palavra de Deus nos informa, em Isaías 53, que Cristo levou sobre si todos os nossos pecados e as nossas iniqüidades. Na verdade, a condenação que surgia por intermédio da Justiça foi imposta e aplicada sobre Jesus. Desse modo, a Justiça foi inteiramente cumprida por meio do sacrifício vicário de Cristo. Vejamos que a Lei continua sendo válida, porém, a sanção penal não é mais aplicável àqueles que não vivem sob o seu jugo.
IV) A Lei e a Carne
Dando continuidade à interpretação do texto disposto em Romanos 7, compreendemos que a finalidade precípua da Lei, a qual é o instrumento que traz o conhecimento acerca do pecado, é limitar a carne. Portanto, todos aqueles que estão na carne encontram-se sob o jugo da Lei, ao passo que esta é aplicada por intermédio da Justiça. Não obstante, quando o indivíduo se encontra na carne, é travada uma guerra interna entre o “querer” e o “efetuar”. Note-se que a Lei atinge o “querer”, que é bom. Já a carne, que é má, dirige o “efetuar”. Diante disso, o “efetuar” da carne é o “não querer” do espírito. Por isso Paulo se expressa da seguinte forma: “o que quero fazer não faço; e o que eu faço é o meu não querer”.
Enquanto estamos na carne somos sujeitos às sanções da Lei, e significa dizer que estamos sob o jugo da Lei. Na carne, somos escravos do pecado e, ao mesmo tempo, réus de condenação. Importa suscitar que Paulo nos informa que o tempo da ignorância não será levado em conta. Tal ignorância está relacionada à Lei e não ao pecado. Note-se que, ao conhecermos a Lei, automaticamente nos tornamos, também, cientes do pecado.
V) CONCLUSÃO - A Graça que provém de Cristo
O Apóstolo Paulo inicia o capítulo 8 da carta escrita aos cristãos de Roma dizendo o seguinte: “PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito”. Ora, nisso está a nossa diferença, e por isso dizemos que já não estamos sob o jugo da Lei.
Quando estamos em Cristo, e se realmente estamos em Cristo, a Lei não se aplica a nenhum de nós. Primeiramente porque, sabendo que a Lei foi criada como uma forma de limitação para a nossa carne, já fomos sepultados com Jesus em sua morte, ou seja, a carne já não vive. Eis que tudo novo se fez. E este novo homem que ressurge é espiritual. Se, portanto, estamos no Espírito, já não pendemos para a carne e o pecado já não nos escraviza.
Em segundo lugar concluímos que Cristo já cumpriu a Lei, com a obediência, e a Justiça com o seu sacrifício na Cruz do Calvário, desse modo, para nós que estamos n’Ele, a sanção penal (aqui entendida como aplicação da Lei em face do infrator) já foi executada. Somos, pois, justificados em Cristo. A Justificação nos alcançou. A Justiça passa a fazer parte da nossa natureza. Em Rm. 5:20 lemos o seguinte: “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;”.
Para Glória de Deus, não há mais condenação para nós que estamos em Cristo. Se realmente você está no Espírito o teu “querer” se torna o teu “efetuar”, ou seja, a Lei se confirma em nós, pelas nossas ações. Vivamos a liberdade conquistada pela Graça! Vivamos a liberdade concedida pelo Espírito! A paz do Senhor a todos!
Referências Bíblicas
Texto Chave
Rm. 7: 7-25; Gn. 4:8; Êx. 20:13; 1Tm. 1: 9; Sl. 89: 14; Pv. 13: 6; Pv. 21: 15; Is. 54: 17; Rm. 5: 17; Rm. 10: 4; Rm. 3: 23; Is. 53: 5; 1Co. 15: 45; At. 17: 30.
Deus abençoe a todos!
Jordanny Silva