CRER
NUM DEUS DE MILAGRES? QUE TAL MAIS DO QUE ISSO?
Àquele que imagina que eu não creio em um Deus que faz milagres, me vejo no dever de responder! Não! Eu não somente creio, eu confio plenamente e me lanço de modo abandonado em Seus cuidados. Os demônios creem e com uma facilidade muito maior do que eu e do que você... isso é um fato!
Por isso, me recuso a somente crer em um Deus que faz milagres! Devo confiar; devo esperar; devo me deleitar; devo desejá-lO com todas as minhas forças. E, se porventura, o milagre que eu espero não acontecer? A confiança me faz compreender que Ele, sempre e sempre e sempre, decidiu e definiu o que é bom para mim, que apenas fui conduzido a amá-lO.
Policarpo, diante de seus inimigos e detratores, é convidado a abandonar sua confiança nesse Deus sob a possibilidade de ser solto e não enfrentar o sofrimento de ver toda a sua carne queimada. Numa resposta que vai além do intelecto daquele que tão somente crê - e que só pode assim se pronunciar quem confia - demonstra seu afeto, seu amor, seu desejo e seu apego por Cristo. Eis o que Policarpo disse: "Oitenta e sei anos venho servindo-O e nenhum mal me fez. Como posso blasfemar contra meu Rei, que me salvou?". Em seguida, ele foi levado ao martírio.
O Deus dos milagres não pretendia realizar um milagrezinho com uma libertação extraordinária e magnífica aos olhos humanos, de seu filho Policarpo. Antes, desejou, mediante a confiança daquele servo fiel, demonstrar um milagre sobremaneira maior. Mais a frente, Tertuliano chega, sabiamente, a afirmar: "O sangue dos mártires é a semente da igreja".
Sinceramente, não desejo que você simplesmente creia em um Deus que faz milagres; mas que você confie nEle independentemente do milagre acontecer do jeito que você imagina; posto que, quando Ele age, sempre nos surpreende e vai além das nossas expectativas. Ainda que me surpreenda com um amável NÃO. E mais, Ele nunca deixa de agir em nosso favor. Isso é Graça, e essa Graça nos basta!