domingo, 18 de abril de 2010

Análise do "Encontro": é tremendo! - Parte 4


O ENCONTRO

No horário marcado, na sexta-feira, nos reunimos no local pré-determinado. Ali, existe um grupo, que é denominado de “equipe de trabalho”, composto por diversos irmãos que já participaram do Encontro e que estão tendo a honra de servir trabalhando. E, posso assegurar, o trabalho dessa equipe é pesado. Uma parte fica responsável por acompanhar todos os seminaristas (as pessoas que estarão participando do Encontro), na viagem até a chácara onde se realizará o evento. A equipe de trabalho está orientada a servir da melhor maneira possível. Desse modo, eles são quem ficam encarregados de levar as malas dos seminaristas até o ônibus e, ao chegar à chácara, distribuir a bagagem nos lugares devidos, normalmente pré-ordenados.

Os seminaristas já descem da chácara e se encaminham diretamente para a capela (lugar onde serão realizadas as palestras). Entretanto, logo na chegada, normalmente, os seminaristas são recebidos com aplausos e fogos de artifício, pelos componentes da equipe de trabalho que ficam aguardando-os no local de realização do encontro. Tudo tem que sair perfeito.

Ao entrarmos na capela, recebemos um caderninho para anotações e caneta. É tudo muito bem organizado. E o pregador da noite já fica posicionado para introduzir a palestra. Como em todo evento, existem todas as cordialidades pela participação de cada um. E, de mesmo modo, cada um dos seminaristas são supervalorizados naquele local, com palavras de lisonjeio, e aquela, corriqueira, massagem de egos.

1. Sexta-Feira à noite – Peniel

A primeira ministração recebe o nome “Peniel”, em referência ao conhecido texto sagrado que nos conta a história de quando o Jacó lutou com o Senhor (teofania), para que fosse abençoado (Gn 32.22-33). A palestra, em suma é levada para o seguinte sentido:

a) o lugar onde há um encontro com Deus é um lugar de luta;
b) em referência ao caráter de Jacó, aquele Varão lhe pergunta seu nome, indicando que queria uma confissão de Jacó por todos os seus pecados;
c) por último, assim que Jacó pronuncia o seu nome, o anjo lhe abençoa e modifica seu nome para Israel.

Quem era Jacó e o que Aconteceu em Peniel?

Pois bem, é necessário compreendermos estas bases interpretativas para analisarmos se existe algum equívoco bíblico nestas afirmações. Primeiramente, não posso deixar de considerar que, quando Jacó, após atravessar o vau de Jaboque, se encontrou com o Senhor (teofania), houve uma intensa luta. Aliás, o texto literalmente diz que Jacó lutou com aquele Varão (Gn 32.24). Conquanto se possa conceber que existe uma luta interior travada entre a carne e o espírito (Rm 7.17,18), percebemos que essa luta não se resumiu a Deus. Ora, o próprio Homem, com quem Jacó lutou, no verso 28 do texto em análise, afirma que seu nome seria mudado para Israel, pelo fato de Jacó ter lutado com Deus e com os homens, prevalecendo. Existe sempre uma leitura falha deste texto. Se fizermos um estudo profundo, percebemos que a figura daquele Homem, com o qual Jacó luta, na verdade se revela como uma teofania, ou seja, uma manifestação humana e visível de Deus, que podemos concluir sendo a figura do próprio Cristo (1Tm 2.5; 1Jo 4.3; 2Jo 1.7). Entretanto, o nome Israel, realmente significa aquele que luta com Deus.

Contudo, até agora não percebemos equívocos doutrinários. Entretanto, quando chegamos à interpretação que a pregação em análise revela do verso 27, constatamos uma exponencial heresia aliada a descontextualização, seguida de uma inverdade absurda. Segundo tal ministração, o motivo de Deus ter perguntado a Jacó “qual o seu nome?”, se dá em face da necessidade de Jacó confessar o seu caráter para que Deus pudesse operar. Tudo bem que quando temos um contato com Deus, por meio de Sua Palavra, todo o nosso pecado começa a ser revelado. Mas, a descontextualização se dá pelo significado falso que é atribuído ao nome de Jacó.

Segundo essa palestra, o nome Jacó, significa: mentiroso; enganador; usurpador; falso etc. Entretanto, nenhum destes adjetivos, se aplica ao nome Jacó. Você quer saber, realmente qual o significado do nome Jacó? Em pesquisa à Wikipédia, encontramos o seguinte significado:

O nome Jacó ou Jacob deriva do latim Iacobus, que por sua vez é uma latinização do nome hebreu Ya'akov (יעקב), que significa literalmente "aquele que segura pelo calcanhar".

De fato, sabe-se que Jacó teria nascido segurando o calcanhar de seu irmão gêmeo Esaú. O mesmo termo poderia também ter o sentido de suplantar, em alusão ao prato de lentilhas que toma Jacó em lugar de Esaú, quebrando um direito de primogenitura, pelo qual o prato corresponderia a seu irmão, nascido alguns minutos antes.

Até aqui, tudo bem. Podemos ainda duvidar da veracidade das informações contidas na Wikipédia. Contudo, em uma análise mais profunda, compreenderemos melhor toda esta questão em relação ao nome.

Primeiramente é necessário informar que, por diversas vezes, temos visto pregadores dizendo, tanto na TV, rádio e em outras ministrações que o nome Jacó quer dizer “enganador, mentiroso, trapaceiro”. Eu, realmente, depois de estudar com afinco toda essa questão, fico boquiaberto, pois se trata de uma heresia, um engano ensinado, levando pessoas ao erro. É evidente que nenhum filho do Altíssimo necessita de advogado, porque o próprio Cristo advoga por eles, por isso não estou aqui com o intuito de defender Jacó, mas sim trazer uma visão bíblica sobre o nome, a honra e o caráter deste servo de Deus.

Desse modo, vamos analisar o significado do nome de Jacó: “Deus de Avraham (Abraão), Yitzack (Isaac) e Ya’akov (Jacó)”. É de se admirar o porque de o próprio Deus, por meio da boca de seus profetas, continuarem chamando Ya’akov de Ya’akov, e não de Israel, não é mesmo? Analisando pelo fato de o nome Jacó ter um significado tão terrível, porque poderia, então, ser tão honrado nas páginas sagradas? Na verdade, quem inventou que o nome de Jacó significa mentiroso e trapaceiro, simplesmente trouxe uma terrível contradição à Palavra. Quando a Bíblia trata do “Deus de Jacó”, então está tratando do Deus dos mentirosos e trapaceiros? Bem, o meu Deus é Deus sobre todas as coisas, mas o “deus” dos mentirosos é o “deus” deste século (2Co 4.4; Jo 8.44).

Na verdade, nós não encontramos o som de JOTA no nome Jacó. Desse modo, o nome Jacó é Ya’akov, que significa suplantador.

E o que é suplantar?

su.plan.tar(lat supplantare) vtd 1 Meter sob a planta dos pés; calcar, pisar: Suplantar a grama, as folhas. 2 Prostrar aos pés (o vencido); derrubar: Suplantar o adversário. 3 Levar vantagem a, ser superior a; exceder, sobrelevar, vencer: Jacó suplantou Esaú e o anjo. Dic. Michaelis- on line.

Diferentemente de seus pais, Jacó desde o nascimento já lutava com seu irmão, o qual representava uma nação que não serviria a Deus. Desse modo, Jacó batalhava para alcançar uma posição que só poderia ser atingida por meio de luta, esforço e fé. Assim, a vontade divina para Jacó, envolvia uma luta que se travava desde o nascimento, a fim de que o caráter de Jacó refletisse ao Deus Eterno, de modo que seu povo refletisse o caráter de Deus. Por isso entendemos o porquê do verso 28:

(Gênesis 32:28) - Então disse: Não te chamarás mais Jacó, mas Israel; pois como príncipe lutaste com Deus e com os homens, e prevaleceste.

Desse modo, podemos compreender o nome Jacó como sendo: aquele que luta e vence. Exatamente isso! Os próprios profetas revelam a Deus como o Senhor dos Exércitos (1Sm 1.3,11; 4.4; 15.2; 1Rs 18.15 etc.). Embora grande parte de nós não fomos ensinados corretamente acerca do significado do nome Ya’akov; pelo contrário, sempre ouvimos que Deus mudou a sorte de um trapaceiro, mentiroso para aquele que luta com Deus; tudo isso, após um estudo profundo, percebemos que é uma heresia, uma mentira e até mesmo um desrespeito com o próprio Senhor e com a Sua Palavra. Devemos nos lembrar que o povo de Deus é destruído pela falta de conhecimento (Os 4.6).

Na verdade, a grande confusão que se revela entre nós, se dá pela falta de conhecimento do hebraico. Uma vez que mal interpretamos o texto descrito em Gn 27.36:

(Gênesis 27:36) - Então disse ele: Não é o seu nome justamente Jacó, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção?

Desse modo, seguindo uma interpretação mais literal, chegaremos à seguinte: “Não se chama aquele que vai e consegue o que quer suplantando, visto que já me enganou duas vezes?” Percebemos Esaú proferindo uma acusação falsa contra Jacó, uma vez que, este, nunca o enganou. Na verdade, Jacó enganou a seu pai, Isaque, mas não a seu irmão.

Alguns interpretam esta atitude como impulsiva como a causa da inimizade entre Jacó e seu irmão. Porém, a profecia desde o começo dizia: dois povos se dividirão. Esaú e Jacó eram divididos desde antes de nascer. Não havia paz entre os dois. Não existe comunhão entre a luz e as trevas, entre quem ama a Deus e quem não O ama.

Por causa do modo como a bênção da primogenitura foi conquistada, Jacó abriu uma brecha na sua vida. Precisava ser tratado nisto.

Por conseguinte, Jacó foi buscar uma esposa entre as filhas de Labão, em obediência a seus pais. Jacó, ao contrário de Esaú, que buscou filhas nos povos que aborreciam a Deus só para ferir seus pais, obedecia-os. Então, Deus revela-se a Jacó em uma visão esplêndida. E fala com ele: “Eis que estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores, e te farei tornar a esta terra” (Gn 28.15). Jacó, demonstrando temor a essa visão, chama aquele lugar de Casa de Jeová. E, em adoração, faz o voto de dar a décima parte do que tem a Deus, caso a Sua Palavra se cumpra (Gn 28.17-22).

Jacó chega ao oriente, na terra de Labão, vê Rachel e a escolhe por esposa. Labão, por sua vez, aplicou uma lei divina sobre Jacó, definindo o período de escravidão. Desse modo, por sete anos Jacó serviu a Labão pela esposa escolhida. No entanto, Labão fez com Jacó o mesmo que ele e sua mãe haviam feito com seu pai, Isaque. Enganou-lhe, aproveitando-se da escuridão (Gn 29.23-25). Assim como Isaque não pôde ver a Jacó, Jacó não pôde ver a Lia. E a tomou por esposa. Percebendo o engano, chegando-se a Labão, este lhe propôs mais um ciclo de escravidão por Raquel. Deus estava tratando o pecado de Jacó. O pecado inicial de Jacó foi não compreender o propósito de Deus para sua vida, tentando facilitar as coisas para Deus.

Alguns, valendo-se de uma argumentação frágil, dizem que Jacó enganou a Labão, quanto à estratégia que lhe trouxe acréscimo a seu rebanho. O primeiro fato é que foi Labão quem convidou a Jacó que trabalhasse com ele. E em segundo lugar, Labão, percebendo a prosperidade de Jacó, fecha-lhe o semblante, mas Deus era com Jacó desde o início (Gn 31.1-6). Isso demonstra que Jacó não estava agindo fora da vontade de Deus, pelo contrário, Deus corroborava sua estratégia.

Labão, pelo contrário, foi injusto com Jacó desde o início. Jacó, por sua vez, submeteu-se à Labão, ainda assim. Mesmo sendo confrontado por Labão, Jacó argumenta informando que é um homem livre e submete-se à vontade de Deus, saindo das terras de Labão.

Creio que uma leitura profunda de todo o ocorrido poderá revelar a nós que, em nenhum momento, Jacó foi injusto ou mentiroso com Labão. Pelo contrário, recebeu de Deus o dia da provação e foi aprovado em todas as suas atitudes, por Deus. Não há que se falar do caráter de Jacó, quando o próprio Deus aprovou suas atitudes em relação a seu tio. Contudo, nesta época, Deus tratava o pecado de Jacó, quando enganou a seu pai, Isaque.

Diante do exposto, é possível perceber alguns dos equívocos doutrinários e hermenêuticos da ministração ora analisada.

Acerca da Confissão de Pecados

Falaremos agora acerca da confissão de pecados.

Segundo a apostila, Peniel é um lugar de confronto com Deus. É um lugar de dor onde Deus nos vai revelar o nosso verdadeiro caráter e, conseqüentemente, nos mudar. Para isso, é necessário nós nos lembrarmos dos princípios divinos que nós quebramos, para passarmos a avaliar nossas vidas tal como Deus nos avalia.

Pois bem, primeiramente, há bastantes verdades nas proposições anteriormente colacionadas. A palavra nos informa que o Espírito Santo nos convence do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8). Entretanto, podemos perceber que, nem todos os que são convencidos, serão convertidos. Aliás, o texto de Jo 16.8, revela que o Espírito convencerá o mundo, ou seja, toda a humanidade. Tal convencimento, logicamente, não significa salvação. Ou seja, mesmo o homem não nascido de novo, tem, por natureza, inserido em seus atributos morais, a consciência do que é bom ou mau. Desse modo, todos são, diante de Deus, inescusáveis (Rm 1.20).

Por conseguinte, há, logo no início da ministração, a citação do texto de Pv 28.13: “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.”

As verdades contidas na Palavra são inegáveis. Logo, não há como confrontar o verso citado anteriormente. O próprio apóstolo Tiago, em sua epístola universal, nos manda confessar nossas ofensas uns aos outros (Tg 5.16). O escritor da apostila também adverte a todos nós que o sangue de Cristo não funciona como um cartão de crédito, onde eu uso sem responsabilidade, podendo pecar o tanto que quiser. Tal afirmação se aplica devidamente à vida cristã, uma vez que o que dá testemunho de salvação na vida de um crente é o fruto do Espírito que revela o modo de viver que se distancia do pecado. Aquele que é contumaz em pecar, certamente ainda não é salvo e deve achegar-se a Deus em humilhação, para que alcance misericórdia.

Entretanto, o ponto da ministração que traz estranheza à sã doutrina será revelada na análise seguinte. Para isso, é necessário lermos o seguinte texto, extraído da apostila:

"Só conseguiremos ser totalmente curados e libertos se confessarmos tudo. Você não pode confessar pela metade, nem confessar os pecados de só um tempo da sua vida. Você precisa confessar todas as coisas - desde a infância até ao dia de hoje. Lembre-se que você tem uma aliança com Jesus." (Grifo nosso)

A confissão é plenamente necessária, mas, a grande questão é: o que tal doutrina, acima explicitada tem revelado? Primeiramente, infringe o poder do sacrifício de Cristo na cruz (Hb 9.28), que se opera na vida daqueles que creram Nele (Jo 3.16). A doutrina bíblica da salvação esclarece que, ao se crer em Cristo, e ser batizado, o homem alcança a salvação (Mc 16.15). Com o coração nós cremos para a justiça, uma vez que somos justificados diante de Deus por meio da fé (Rm 5.1,2); e com a boca confessamos para a salvação (Rm 10.10). Essa confissão não se refere a cada um dos nossos pecados. Mas sim à manifestação pública, por meio de nossas obras (Tg 2.17), e por meio da guarda e cuidado das ordenanças deixadas por Cristo (Mt 28.20). Uma das ordens deixadas por Jesus, que demonstra a confissão para a salvação, é o batismo (Mt 28.18-20; Mc 16.15). Por meio dessa única confissão, se o coração crê, já é reputado como justiça e como salvação.

Diante disso, devo novamente trazer a minha lembrança os pecados que cometi desde a infância? Isso é anular o sacrifício da cruz. Paulo nos exorta a deixarmos as coisas que para trás ficam e seguirmos para o prêmio da nossa consolação (Fp 3.13,14). E aqueles pecados de que já não nos lembramos? O sacrifício da cruz não os alcança? O que nos diz o texto de Is 53.5, nos afirma que Ele morreu, uma única vez (Hb 9.28), por todas as nossas transgressões, sendo necessário, àqueles que alvejam salvação, olhar para o madeiro (Jo 3.14,15). Ele morreu pelos pecados que nos lembramos e pelos que não nos lembramos. Não há, pois, necessidade de trazermos a memória cada um dos nossos pecados, a não ser que o objetivo seja relembrar o quanto as misericórdias do Senhor são maravilhosas sobre as nossas vidas. Há uma canção que diz: “Quero trazer à memória aquilo que me dá esperança”. Que tal seguirmos este conselho (2Tm 2.13.14)?

Uma vez que estamos em Cristo, o nosso fardo de pecados e de dor já foi deixado para trás. Que motivação eu tenho de ficar confessando cada um destes pecados? Anularemos, pois o sacrifício e a graça de Cristo que é alcançada por meio da fé? Isso é complicar a salvação. Devemos, ao contrário disso, voltarmos à simplicidade do evangelho (2Co 11.3). Tais manuais se revelam como inimigos da cruz, pois arrancam de Cristo o poder de nos salvar e colocam tal poder na memória do homem, o qual tem por obrigação relembrar-se de cada um de seus pecados, se não, a libertação não será alcançada. Já somos libertos em Cristo Jesus, que é a verdade (Jo 8.32; 14.6). Somos purificados em seu sangue (1Jo 1.7), e santificados na Sua palavra (Jo 17.17). O que ultrapassar isso é antibíblico e engano (1Co 4.6).

Ainda segundo a apostila, observamos o seguinte:

"O processo de arrependimento começa através de um quebrantamento diante da presença de Deus: sentimos dores profundas por havermos ofendido ao Pai. Não se trata de remorso, trata-se de um sentimento interior, de um coração impulsionado a dar a volta, a retomar o caminho correto de acordo com a vontade do Pai, tal como fez o filho pródigo." (Grifo nosso)

Acho interessante que a Palavra não nos convida a um “processo de arrependimento”, mas sim a um genuíno arrependimento (Mt 3.2; 4.17; Mc 1.15; At 2.38; 3.19). Há, sim, a necessidade do convencimento do Espírito Santo (Jo 16.8); logo em seguida, aquele que em verdade se arrepende, consegue ter percepção do ódio que o próprio Deus tem em relação ao pecado (Is 33.14; Ez 8.18; Mt 10.28; Rm 11.21,22), fazendo com que o pecador sopese a bondade e a severidade de Deus e em seguida se lance nos braços deste Deus, por meio da fé, que é todo poderoso para perdoar os seus pecados (Mc 2.5-9).

Em seguida temos outra informação interessante:

"- Pecado tem nome. Não basta dizer: Ah, eu pequei muito! Deve-se dizer Hoje é o pecado pelo nome. O Espírito Santo vai trazer consciência a você. Peniel. É um encontro face a face com Deus, onde você vai lutar e prevalecer. (Grifo nosso)"

Se tal afirmação, grifada, é verdadeira, então o filho pródigo não deveria alcançar perdão (Mc 15.11-24). Ora, percebemos que o que Deus quer é um coração contrito (Is 57.15). A confissão de pecado por pecado não é regra para perdão e reconciliação do homem para com Deus. Creia com o coração, mesmo estando pesado e sobrecarregado, Cristo te aliviará (Mt 11.28-30).

O pecado deve, sim, ser confessado (Tg 5.16). Mas não da forma proposta pelo autor da apostila, que nos remete a um retorno psíquico e almático que mais se aparenta com a regressão aplicada pela psicologia. Tal atitude traz dificuldades ao evangelho. O evangelho é simples, apesar de requerer de nós uma atitude de completa negação do “eu”, para que Cristo tome a direção de nossas vidas. Quantos podem dizer amém?

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