segunda-feira, 23 de junho de 2014

Aforismos e poesias: Lúcidos devaneios - Parte 26


Rendição

Num doce amargo de um culto ao ego
elevo o olhar – vão – ao monte Orgulho
de denso solo rochoso, duro;
donde o auxílio, aos prantos, peço...

E num tremor, pois, intenso, quedo
sem entender mais o já futuro
fendido ser mau, que é nada e tudo;
tão vivo e frágil, tal qual um feto...

Eis a linguagem do que é eterno,
eternizada na terna vida,
de sinais rudes, jeito dorido:

Adaga fria de fio de ferro,
que não se pode ser impedida,
a traspassar-me o “eu-inimigo”...

Gama – DF, 23 de junho de 2014.


Jordanny Silva

Andando por "via das dúvidas"...


ANDANDO POR "VIA DAS DÚVIDAS"!

Quando você faz ou deixa de fazer algo por "via das dúvidas", certamente, peca. A "via das dúvidas" é o caminho contrário à fé, que é firme fundamento (certeza) do que se espera e evidência do que não se vê (Hb 11.1).

Não trato aqui da prudência requerida nas ações dos cautelosos. A prudência não se baseia na "via das dúvidas", mas na possibilidade ou probabilidade de algo acontecer ou não, a partir de evidências claras que apontam e fundamentam esse discernimento.

Na "via das dúvidas", contudo, caminham os intelectualmente preguiçosos que não se prestam a pesquisar, esquadrinhar, comparar e verificar a verdade dos fatos. Na "via das dúvidas" caminham os medrosos, ou frouxos, os covardes de plantão.

Reitero que a "via das dúvidas" é o caminho oposto à verdadeira fé. O problema da "via das dúvidas", conforme assevera Paulo, é que o que não provém de fé, é pecado!


"Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado." (Rm 14.22, 23)