MANIFESTANDO
EM FAVOR DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO?
Se
você realmente for cristão segundo o Evangelho de Cristo, LEIA ATÉ O FIM!
É estranho o fato de um evento que se determina a lutar pela "Liberdade de Expressão", retire do palco um pastor que, simplesmente, carregava uma bandeira COLORIDA.
Importante frisar que a desculpa oferecida e, de aparência maquiavélica, discorrida foi de que o evento não tinha o condão de levantar nomes de igrejas e, por isso, o pobre pastor representante da Igreja do Evangelho Quadrangular, não poderia, sequer, carregar a sua bandeira COLORIDA...
Essa manifestação, tal como quase todo o conteúdo hodierno apresentado pela igreja evangélica brasileira, se apresenta totalmente dissonante daquilo que lemos na Escritura acerca de Cristo e dos apóstolos.
Quer uma prova? Quando vimos Jesus, quando preso, apesar de inocente, invocando seus direitos pessoais ou os direitos de seus discípulos? Jesus, sequer, roga para que o Pai Celestial conceda poderes políticos e liberdades terrestres para si e para seus discípulos. Pelo contrário, em Sua mensagem, normalmente, adverte que, tal como Ele, aqueles que O seguem seriam também perseguidos e odiados.
Vamos para Paulo? Quando ele roga sobre si algum direito com a finalidade de privá-lo de qualquer consequência direta à sua liberdade (e integridade) física ou de expressão? Ao contrário disso, vemos da parte dele, quando diante da possibilidade de ser solto por Pórcio Festo, apela para Cesar, ciente de que, por isso, continuaria preso. Tudo porque o Senhor lhe aparece e lhe ordena que testemunhasse a Seu respeito em Roma! Parece brincadeira? Não! Convido a você, que se intitula cristão, que leia atentamente a história completa no livro de Atos dos Apóstolos, do capítulo 23 ao 26.
Veja João, em Patmos! Ele estava de férias, como vemos hoje os pastores esbanjando o dinheiro que ganham às custas do "evangelho"? Não! Ele estava preso! E preso, recebe a revelação descrita no livro de Apocalipse... Quem mais exemplos? Tiago, discípulo de Jesus e irmão de João, foi decapitado. Rogou para si direitos? Não! Foi como ovelha muda para o matadouro, tal como seu amado Mestre... Estevão... ah! Preciso citar Estevão?
Rogando
para si mesmos o direito à liberdade de expressão, o que os crentes tem feito é
deixado de expressar o verdadeiro Evangelho! Acerca disso, já lancei uma
sequência de estudos que demonstra o quanto a igreja evangélica não tem voz
porquanto não vive o evangelho conforme o Evangelho, mas conforme sua
religiosidade mítica e classicista que, em regra, é tão pagã quanto à própria
milícia gaysista.
Contudo, esse joguinho de poder e de alianças que se levanta de ambos os lados é o que torna tudo tão nojento, nauseante. Ambos se revelam inescrupulosos e, segundo o interesse classicista, unem-se aos diversos seguimentos políticos, ideológicos, étnicos e religiosos num ecumenismo e sincretismo mais demoníacos que o próprio ecumenismo puramente religioso e o sincretismo unicamente mundano. Nesse sentido, perceba que até pouco tempo católicos e evangélicos não poderiam se unir; mas a pragmática apresentada por Sun Tzu é mais interessante e cabível que aquela apresentada pelo Mestre Jesus, fazendo-os, oportunamente, darem-se as mãos, num acordo de “paz” contra o inimigo. Posso afirmar que, em Cristo, não tenho estômago para isso!
Nesse contexto, algumas lideranças evangélicas alcançam destaque e insurgem com argumentos dos mais imbecilizados possíveis. Não há, sequer, honestidade na utilização de qualquer método científico que alega defender, sem qualquer sombra de dúvidas, alguma tese. E que padrão de honestidade seria esse? Já que se valem da ciência, então que se utilizem métodos realmente imparciais enquanto buscam alcançar a verdade acerca da questão da homossexualidade. Surge, daí, os jargões da estupidez e da conivente conveniência: “O homossexualismo é antinatural”; “a questão da homossexualidade é comportamental e não genética” etc. As argumentações científicas que apontam para a possibilidade de uma predisposição genética para a homossexualidade são descartadas e desconsideradas nesse joguinho de verdades mais apropriadas ao interesse da “igreja”. O impasse, então, está armado e a guerra continua.
Tais líderes religiosos que alcançaram destaque midiático principalmente por veicularem um evangelho falso e falacioso, agora encontram apoio de diversos apologistas cristãos que, novamente e em nome da conveniência, passam a fazer frente contra os homossexuais. Ora, o que é isso? Não seria forçar a barra dizer essa luta é travada principalmente contra os homossexuais? Não! Essa é a grande verdade! Ainda que essas lideranças neguem com suas bocas, suas ações revelam quanto se fizeram inimigas dos homossexuais.
A exemplo disso, há poucos meses Silas Malafaia ganhou mais notoriedade ao apresentar suas “conVILcções” no programa “De frente com Gabi”. Ora, toda aquela apresentação revelou um caráter apelativo em suas argumentações que às fazem, por isso, fracas, incitando uma guerra terrível contra pessoas que nessa história se tornam apenas vítimas de uma jogatina político-religiosa diabólica. Fico pasmado com as considerações desse pastor: Chega ao ponto de praticamente comparar, em seus exemplos, a prática homossexual à de um assassino. São maquiavélicas essas considerações. E logo em seguida, vem o discurso hipócrita: nós amamos o pecador e abominamos o pecado! Por que então esses líderes não calam a boca? Calados profanariam menos o nome de Deus e de Seu Filho Jesus! E seguem buscando apoio a suas manifestações absurdas sob a alegação de que defendem o Evangelho de Cristo! Quanta arrogância, não é mesmo? Como se o evangelho de Cristo precisasse ser defendido... Seria mais fácil se, pelo menos, parassem de profaná-lo!
Em relação à questão homossexual, é nítido que há uma construção teológica corroborada por algumas pesquisas científicas oportunamente evidenciadas, o que torna esse “game” vazio de honestidade e sinceridade. Tanto que, biblicamente, é simples demonstrar que a questão do pecado, seja homo ou heterossexual é genética e, após a queda, plenamente natural. O rei Davi nos deixa isso bem claro:
Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe. (Sl 51.5)
Todos nós, após a queda no Éden, nascemos geneticamente predispostos ao pecado. E reitero: sejam estes pecados de cunho homo ou heterossexual. Veja ainda que a maioria dos pecados de ordem sexual é, justamente, heterossexual! Não brinco, irmãos! E se, porventura, a ciência conseguir provar, sem sombra de dúvidas, a questão genética do pecado, a Bíblia já tinha mencionado isso há muito tempo. Contudo, sendo genético ou não, o pecado NÃO é justificável. Faça uma análise sincera e pessoal, e você vai perceber que essa predisposição genética para a desobediência e para o pecado faz com que você manifeste tudo isso comportamentalmente.
Dentro ainda desse assunto, não seria uma falácia dizer que a Queda alterou a genética do homem? Claro que não! A Queda alterou todo o cosmo, geneticamente falando. Vemos que a terra passa a produzir espinhos e abrolhos:
E a Adão disse: Visto que atendeste a voz de tua mulher e comeste da árvore que eu te ordenara não comesses, maldita é a terra por tua causa; em fadigas obterás dela o sustento durante os dias de tua vida. Ela produzirá também cardos e abrolhos, e tu comerás a erva do campo. (Gn 3.17, 18)
Não seria por esse motivo que a natureza arde de expectativa pela manifestação dos filhos de Deus (Rm 8.19 – 22)? Ainda acha essa base bíblica inconsistente? Pare para raciocinar um pouco! Será que não percebemos que antes da Queda até mesmo a imortalidade era atributo humano? Por que de repente, então, o homem se torna um ser mortal? Fica evidente que estrutura genética do ser humano foi alterada! Se a genética humana foi alterada para nos fazer mortais, fazendo ainda com que fôssemos formados em iniquidade e concebidos em pecado, não poderia nos predispor a alguns tipos de pecados? Eu diria que a todos os tipos de pecados! Logo, após a Queda o pecado se adere à natureza humana, fazendo com que o seu efetuar esteja sempre maculado. Veja o que o apóstolo Paulo nos informa:
Porque bem sabemos que a lei é espiritual; mas eu sou carnal, vendido sob o pecado. Porque o que faço não o aprovo; pois o que quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço. E, se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já não sou eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim. (Rm 7. 14-17)
Diante desses fatos que são biblicamente inegáveis, fica evidente o quanto a defesa veiculada por essa liderança evangélica que faz frente contra o PLC 122, é fraca e falha! Por isso, não deixa de ser nauseante ver esse circo de hipocrisia montado em nome de Deus! Se querem lutar, que façam isso de modo honesto e não por arranjos da conveniência! Se os evangélicos são contra a adoção de crianças por homossexuais, então que façam frente não com um discurso retórico, mas entrando nas filas de adoção! Tudo isso é nojento!
Por outro lado, alguns nomes evangélicos se fazem também notórios frente ao poder político. Na Câmara Federal temos o polêmico Marco Feliciano que, pretensamente, busca defender os interesses da igreja. Ora, nem mesmo para defender os interesses classicistas dessa “igreja” ao padrão de Laodiceia, sabe agir com inteligência. E por não aprender a ficar calado, cada vez mais vai se enrolando. Esse despreparo já demonstra o insucesso para o avanço do evangelho que ele, e seus seguidores, alegam defender. Não obstante, por sua falta de preparo e, diga-se de passagem, de inteligência para o combate ao ativismo gay, apresenta uma defesa à moralidade e à família... Isso se torna risível – para não dizer deplorável – uma vez que a igreja atual não tem moral nem mesmo para batalhar contra a imoralidade.
Assim, só resta a arma da intelectualidade e da sabedoria humana; e, aqui, infelizmente, Marco Feliciano não tem competência pessoal para usá-la. Deveria, ter estudado, ao invés de um conteúdo teológico podre, medíocre e falso, pelo menos, ciência política, ou um pouco do conceito de democracia segundo a igualdade formal apresentada na Carta Magna para se posicionar. Não entende, sequer, da história política do país para se municiar de modo mais contundente. Logo, se torna alvo das chacotas e das críticas midiáticas. Conclusivamente, Marco Feliciano faz um desfavor ao evangelho verdadeiro, enquanto apresenta sua teologia, e um desfavor a esses evangélicos aliados que, pretensamente, acreditam estar lutando em favor da família e da suposta liberdade de expressão.
Torno aqui ao exemplo do Mestre Jesus que, sequer por uma única vez, organizou uma passeata pela liberdade de expressão, não é mesmo? Exatamente! Jesus sem qualquer pretensão de lutar por sua liberdade de expressão, expressou, mesmo preso, uma mensagem que transcendia o próprio silencio de sua morte! Foi como uma ovelha muda para o matadouro, mas que, sem palavras, falava além das palavras! Ele manifestou-se como Verbo além do verbo: Verbo encarnado que, mais do que um discurso retórico, agiu como voz, e ecoou como ação!
Torno também ao exemplo dos apóstolos... Mesmo presos, ou vituperados, falavam para além da voz: Falavam por meio do que faziam; do testemunho. A voz do testemunho não é calada nem mesmo por meio da morte (Hb 11.4). Aliás, a prisão, perseguição ou morte são amplificadores do amor; e o amor, meus caros, é mais forte do que a morte (Ct 8.6). Não queremos a perseguição, é claro! Mas a falta de amor nos levará justamente a esse fim...
Link para leitura: http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/06/pastor-com-bandeira-colorida-de-igreja-e-retirado-de-evento-evangelico.html