quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A Vitória que Vence o Mundo - Parte 2






A VITÓRIA QUE VENCE O MUNDO



INTRODUÇÃO






Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé. (1Jo 5.4)




Grande número de evangélicos se estremece ao pensar que um casal[1] homossexual, ao ser elevado ao patamar de entidade familiar por decisão do Supremo Tribunal Federal, poderá adotar uma criança que levará o nome de ambos em seu registro – já que se abriu precedente para o casamento homossexual no STJ – e será criada já acostumada com a ideia de que o relacionamento de seus pais adotivos é tão ou, dada a peculiaridade de sua educação, talvez mais natural do que um relacionamento heterossexual. Realmente, pensar nisso gera significativo desconforto.




Não obstante, os evangélicos e conservadores acham um absurdo extremo, a possibilidade de toda a formação dessa criança ser deturpada e adequada ao antinatural, afirmando que, atitude como essa, é uma afronta à família, destruindo-a em todas as suas bases. É inequívoco que, biblicamente, a relação homossexual é contrária aos planos divinos. É assustador também pensar que uma criança poderá ser influenciada a tal ponto de, até mesmo, em alguns casos, optar pela homossexualidade num determinado momento de sua vida.




Diante disso, há inúmeros cristãos se posicionando em defesa da verdade bíblica inegociável que, se contrapondo ao pecado em todas as suas formas, denuncia abominável a prática do homossexualismo.




A título de exemplo, certa vez vi um cristão defender que a probabilidade de essa criança sofrer eventual abuso sexual é majorada em face de os seus pais já manifestarem distúrbio de natureza comportamental, revelado em sua opção pela homossexualidade. Tal argumentação foi contestada diretamente por defensores da liberdade homossexual, apontando que, dentro das igrejas, há vários casos em que líderes religiosos já se viram envolvidos com escândalos de tal estirpe. E não há como se contrapor a essa realidade.




Vários outros argumentos desposados pela comunidade evangélica não têm alcançado proporção significativa junto às pessoas do mundo, que já se veem preparadas a responder à altura e com fundamento plausível às posições cristãs.




Entretanto, o que isso tudo tem a ver com o título do presente trabalho e com o texto indicado acima? Eu diria que tudo. A fraqueza do cristianismo atual inicia-se e fundamenta-se na sua fé. Por isso, faz-se necessário pormenorizar a visão bíblica de fé, para depois dar continuidade à reflexão.






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[1] Utilizo-me do termo “casal” em face da conotação atual que tem sido dada a essa expressão, que hoje abrange a relação homossexual. É evidente que, biblicamente, a terminologia se mostra inaplicável.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A Vitória que Vence o Mundo - Parte 1







PRÓLOGO



Como a Fé Cristã pode responder de forma vitoriosa ao avanço do mundanismo?



No mês de outubro de 2011, lia em um portal da internet notícia que divulgava a decisão do Superior Tribunal de Justiça – STJ, em relação a um pleito que alvejava a autorização para um casamento homossexual. Essa notícia, no dia em que a li, estava acompanhada de mais de 160 comentários onde alguns de seus autores consignavam congratulações pela inédita decisão daquele órgão, enquanto outros, aparentemente em minoria, revelavam sua indignação em face do acórdão, tendo em vista estar em desacordo com preceitos religiosos.



Nesses comentários, as argumentações de ambos os lados eram repetitivas e não traziam nada de mais peculiar que pudesse chamar a atenção do leitor; apenas servindo de alimento às convicções pessoais e/ou coletivas dos que ali se manifestavam. Mas algo me chamou a atenção: todas as vezes que vi um cristão conservador se posicionar, evidentemente em oposição à decisão, era este seguido de ataques que, enquanto manifestavam certa carga de ódio, acompanhavam justificáveis e, muitas das vezes, incontestáveis argumentações. Estas, por sua vez, eram direcionadas quase sempre ao testemunho cristão.



Sem muito esforço intelectual, observei que tudo isso servia para reforçar a fraqueza e impotência da igreja cristã em relação ao sistema que nos cerca, visto que a fé cristã brasileira, quando confrontada, tem se revelado vazia e inoperante. Desse modo, gostaria de levantar questões que atingem ferinamente o comportamento cristão atual, principalmente quando relacionado ao testemunho de fé. Para muitos, este trabalho pode trazer a impressão de que eu estou fortalecendo as ideologias homossexuais. Para outros, poderá um absurdo, pois aparentemente nega a grande defesa de Paulo: de que somos justificados pela fé. Entretanto, com a reflexão aqui proposta, oro para que haja uma mudança expressiva em nosso meio, para que quaisquer argumentações mundanas sejam destruídas diante, paradoxalmente, de o mais eloquente silêncio, que grita altissonante: o testemunho!





Gama – DF, 02 de novembro de 2011.