Minha Boca tem o Poder de Abençoar e Amaldiçoar?
A apostila do Encontro, em determinado ponto diz o seguinte:
Primeiramente, devemos compreender que a conotação de negativo e de positivo é bem aplicável à energia, mas não à vida do crente. Percebemos que tais conceitos foram difundidos com o conceito bíblico de fé, por meio dos movimentos cristãos da “confissão positiva” e do “pensamento da possibilidade”. Tais princípios são claramente observados em livros como “A quarta dimensão” do David Paul Yong Cho, e defendidos por outros mestres defensores do “movimento da Fé”. Segundo os defensores dessa teologia, nós devemos afastar as palavras negativas da nossa boca, pois elas atraem conseqüências ruins.[1] Acerca disso, Dave Hunt diz o seguinte:
E acerca do poder de nossas palavras? Podemos realmente lançar maldições por meio de nossas palavras? Para compreendermos estas questões é necessário estudarmos o texto em Tg 3.9-10:
"Com ela [língua] bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim."
Este texto é um dos preferidos daqueles que defendem o poder que há na palavra que proferimos. Tais mestres não se cansam de dizer: você tem poder para abençoar e para amaldiçoar o seu irmão. Mas será este o real sentido que a Escritura nos traz neste texto? Uma leitura sem preconceitos, nos fará perceber que o sentido a que se refere o verso 10, quando fala de benção e de maldição, é bendizer e maldizer. Sabemos que as palavras possuem efeitos psicológicos drásticos. Seria até um idiota se não considerasse tal premissa como verdadeira. Entretanto, o que os mestres da confissão positiva buscam é atribuir um poder, quase que absoluto, ao que sai de nossas bocas. Nossas palavras têm poder, mas não é um poder super-natural, em si mesmas, que modifica a natureza física do que está ao nosso redor. Se não, era um risco muito grande poder falar, ao passo que eu poderia, sobrenaturalmente, matar qualquer pessoa que me desagradasse. Conquanto se possa conceber um razoável poder ao que nós falamos, tal poder está nos efeitos e conseqüências daquilo que nós dizemos. É exatamente o que este texto nos traz. Ele diz que a nossa língua é como uma pequena brasa que pode incendiar uma floresta inteira. E, realmente, sabemos que, por exemplo, uma informação falsa em uma bolsa de valores, pode levar a muitos a perderem bilhões de dólares em questão de horas. Sim, a língua é um órgão perigosíssimo para aqueles que não têm domínio sobre a mesma.
Mas, ainda acerca do poder sobrenatural da língua, alguns podem argumentar que Elias, conforme se lê em 1Rs 17.1, pelo poder da palavra determinou que não choveria naqueles dias, até que ele permitisse. Outros poderão utilizar o exemplo de Eliseu que, após ter sido alvo de chacotas de alguns garotos em 2Rs 2.24, os amaldiçoou mortalmente. Entretanto, cada uma dessas histórias revela o caráter de Deus e a dependência que os profetas tinham Nele. No primeiro caso, o apóstolo Tiago, no capítulo 5, verso 17, de sua epístola, nos informa o seguinte:
"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra." (Grifo nosso)
Percebemos que não foi o poder da palavra de Elias que fez a chuva parar. Ele suplicou ao Senhor para que não chovesse sobre a terra, o que lhe foi concedido. Ou seja, a chuva não parou pela palavra do profeta, mas pela vontade de Deus.
Já no segundo caso, vemos que os rapazes que alvejaram o profeta Eliseu, não desferiram palavras, tão somente, de ofensa ao profeta. Se não a Bíblia seria pouco razoável, uma vez que uma brincadeira (chamar o profeta de calvo) os levaria a uma morte tão horrenda. Na verdade, o pecado daqueles meninos foi contra a autoridade de Deus. Quando se dirigiram a Eliseu com aquelas brincadeiras, na verdade ofendiam a Deus. Vejamos o texto em análise:
"Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo; sobe, calvo!" (2Rs 2.23) (Grifo nosso)
Percebe-se claramente que a zombaria não atingia o profeta pelo fato de ser calvo. Pelo contrário, era uma afronta ao poder de Deus. Pouco antes, nos versos de 1 a 11, vemos a história do traslado de Elias, de modo que este subiu ao céu num redemoinho. Aqueles jovens, por sua vez, ao zombarem “Sobe, calvo; sobe, calvo”, na verdade colocavam em dúvida o poder de Deus que havia arrebatado Elias. Logo, Eliseu os amaldiçoou no nome do Senhor. Em outras palavras, podemos ter como exemplo de que de Deus não se zomba (Gl 6.7). Deus não se deixa escarnecer! Deus é quem lançou juízo sobre aqueles jovens que zombaram de Seu poder e autoridade.
Em seguida, a apostila do encontro nos traz diversos conceitos que permeiam a idéia de: a) maldição hereditária; b) maldição voluntária; c) maldição sobre a nação; d) maldição involuntária.
Acerca de tudo isso, o certo é que, a partir do momento em que cremos em Cristo como nosso Senhor e Salvador, e confessamos a Ele, todas as maldições e cadeias são quebradas. Não há porque ficar procurando probleminhas para tornar eficaz a libertação que o Espírito, em Cristo, nos concedeu. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
Façamos, por conseguinte, a leitura do seguinte texto extraído da apostila do Encontro:
Já argumentamos acerca das proposições acima e concluímos que, em Cristo, todas as nossas iniqüidades e maldições são levadas. Toda essa “renúncia” resume-se a receber a Cristo, genuinamente, como Senhor e Salvador das nossas vidas. Não há outros processos bíblicos para a quebra de maldições hereditárias ou involuntárias. O pecado precisa ser confessado sim (Tg 5.16)! Mas não significa que devemos trazer a nossa memória ofensa por ofensa. Basta, tão somente, crer na superabundante graça que opera em nossas vidas, e nos conservarmos íntegros e santos diante do Senhor (Rm 5.20; Hb 12.14,15). Devemos sim, lançar fora todo o ressentimento e a raiz de amargura, para que o perdão de Deus seja alcançado por nossas vidas. Mas não há necessidade de um processo complexo de libertação. A Palavra da Verdade nos é suficiente!
A apostila do Encontro, em determinado ponto diz o seguinte:
Às vezes lançamos maldição através de nossas palavras, de prognóstico negativo (conhecido como "rogar praga") e não temos consciência da seriedade disso. Da nossa boca só deve sair bênção (Tg 3:8-10). A maldição vem como conseqüência do pecado de não ouvir, não obedecer e não guardar as ordens do Senhor, e de se misturar com outros deuses (Dt 28:15). A maldição se instala porque pecamos (Lm 5:7-10).
Primeiramente, devemos compreender que a conotação de negativo e de positivo é bem aplicável à energia, mas não à vida do crente. Percebemos que tais conceitos foram difundidos com o conceito bíblico de fé, por meio dos movimentos cristãos da “confissão positiva” e do “pensamento da possibilidade”. Tais princípios são claramente observados em livros como “A quarta dimensão” do David Paul Yong Cho, e defendidos por outros mestres defensores do “movimento da Fé”. Segundo os defensores dessa teologia, nós devemos afastar as palavras negativas da nossa boca, pois elas atraem conseqüências ruins.[1] Acerca disso, Dave Hunt diz o seguinte:
“Uma das tendências mais sedutoras e populares que veio do mundo secular e foi vestida de terminologia cristã e largamente aceita na Igreja como verdade bíblica é a crença de que positivo é necessariamente bom, e que negativo, por seu turno, é ruim. Mantendo passo com essa ilusão, a principal mensagem que sai dos púlpitos das grandes igrejas e de muitos programas cristão de televisão é a ênfase exclusiva naquilo que é ‘positivo’ nas Escrituras – algo ‘reconfortante’ ou ‘animador’ – e o evitar tudo que é ‘negativo’. (...) Essa ilusão sutil e muito atraente oferece o raciocínio ideal para evitarmos a correção que a Palavra de Deus deve trazer às nossas vidas, e o faz em nome de Cristo e de um ensino bíblico sadio. Não é preciso
refletir muito para perceber, todavia, que ‘negativo’ e ‘positivo’ podem ser termos completamente amorais, humanísticos, se usados no contexto errado. ‘Uma abordagem positiva’ e ‘uma atitude positiva’ são frases populares no mundo secular, mas jamais são encontradas na Bíblia, e nunca deveriam ocupar o lugar da fé em Deus ou servir como um meio de escapar à realidade. Positivo e negativo têm um sentido definido em eletricidade, matemática ou física, mas tais termos nada têm a ver com verdade, justiça, santidade, obediência a Deus e a Sua Palavra, com o Evangelho de Jesus Cristo, ou com o poder do Espírito Santo no viver a vida cristã. Quando usados em tal contexto, esses termos causam grande confusão (...) É surpreendente o número de crentes que parecem equacionar positivo com verdadeiro. (...) De alguma forma, ‘positivo’ não é equacionado erradamente apenas com ‘verdadeiro’, mas também é visto como o equivalente de respeitável, justo, puro, amável, etc. Não é difícil perceber que, em lugar de ser respeitável, ser ‘positivo’ poderia, em alguns casos, ser muito ‘desrespeitável’. Além do mais, não chamaríamos de ‘justo’ um juiz que deixasse de condenar e sentenciar criminosos por querer ser ‘positivo’. Algumas pessoas têm uma visão muito ‘positiva’ sobre sexo livre, mas é muito difícil chamar tal posição de ‘pura’. Igualmente, não podemos dizer que qualquer coisa mencionada em Filipenses 4.8 seja equivalente a ‘positivo’. Declarar que esse versículo advoga o ‘pensamento positivo’ é destruir os valores morais, éticos e espirituais específicos daquilo em que o versículo nos ordena que meditemos. E é uma negação do caráter santo de Deus chamá-lO, nas palavras de um líder do movimento de Confissão Positiva, ‘o maior Pensador Positivo que já existiu’. Na maioria das vezes, o que se quer dizer com ‘positivo’ é simplesmente ‘favorável’ ou ‘agradável’, e qualquer coisa que seja desagradável é chamada de ‘negativa’(...) O que importa realmente não é se algo é ‘positivo’, mas se é verdadeiro ou falso, bíblico ou não bíblico. Nesse contexto, portanto, os termos
‘positivo’ e ‘negativo’ não são apenas irrelevantes; são uma cortina de fumaça que impede a percepção dos verdadeiros problemas. Aplicar tais termos a verdades bíblicas é um insulto ao Deus cuja Palavra está cheia de correções e advertências bastante ‘negativas’ sobre o juízo.”[2] (Grifo nosso)
E acerca do poder de nossas palavras? Podemos realmente lançar maldições por meio de nossas palavras? Para compreendermos estas questões é necessário estudarmos o texto em Tg 3.9-10:
"Com ela [língua] bendizemos a Deus e Pai, e com ela amaldiçoamos os homens, feitos à semelhança de Deus. De uma mesma boca procede bênção e maldição. Meus irmãos, não convém que isto se faça assim."
Este texto é um dos preferidos daqueles que defendem o poder que há na palavra que proferimos. Tais mestres não se cansam de dizer: você tem poder para abençoar e para amaldiçoar o seu irmão. Mas será este o real sentido que a Escritura nos traz neste texto? Uma leitura sem preconceitos, nos fará perceber que o sentido a que se refere o verso 10, quando fala de benção e de maldição, é bendizer e maldizer. Sabemos que as palavras possuem efeitos psicológicos drásticos. Seria até um idiota se não considerasse tal premissa como verdadeira. Entretanto, o que os mestres da confissão positiva buscam é atribuir um poder, quase que absoluto, ao que sai de nossas bocas. Nossas palavras têm poder, mas não é um poder super-natural, em si mesmas, que modifica a natureza física do que está ao nosso redor. Se não, era um risco muito grande poder falar, ao passo que eu poderia, sobrenaturalmente, matar qualquer pessoa que me desagradasse. Conquanto se possa conceber um razoável poder ao que nós falamos, tal poder está nos efeitos e conseqüências daquilo que nós dizemos. É exatamente o que este texto nos traz. Ele diz que a nossa língua é como uma pequena brasa que pode incendiar uma floresta inteira. E, realmente, sabemos que, por exemplo, uma informação falsa em uma bolsa de valores, pode levar a muitos a perderem bilhões de dólares em questão de horas. Sim, a língua é um órgão perigosíssimo para aqueles que não têm domínio sobre a mesma.
Mas, ainda acerca do poder sobrenatural da língua, alguns podem argumentar que Elias, conforme se lê em 1Rs 17.1, pelo poder da palavra determinou que não choveria naqueles dias, até que ele permitisse. Outros poderão utilizar o exemplo de Eliseu que, após ter sido alvo de chacotas de alguns garotos em 2Rs 2.24, os amaldiçoou mortalmente. Entretanto, cada uma dessas histórias revela o caráter de Deus e a dependência que os profetas tinham Nele. No primeiro caso, o apóstolo Tiago, no capítulo 5, verso 17, de sua epístola, nos informa o seguinte:
"Elias era homem sujeito às mesmas paixões que nós e, orando, pediu que não chovesse e, por três anos e seis meses, não choveu sobre a terra." (Grifo nosso)
Percebemos que não foi o poder da palavra de Elias que fez a chuva parar. Ele suplicou ao Senhor para que não chovesse sobre a terra, o que lhe foi concedido. Ou seja, a chuva não parou pela palavra do profeta, mas pela vontade de Deus.
Já no segundo caso, vemos que os rapazes que alvejaram o profeta Eliseu, não desferiram palavras, tão somente, de ofensa ao profeta. Se não a Bíblia seria pouco razoável, uma vez que uma brincadeira (chamar o profeta de calvo) os levaria a uma morte tão horrenda. Na verdade, o pecado daqueles meninos foi contra a autoridade de Deus. Quando se dirigiram a Eliseu com aquelas brincadeiras, na verdade ofendiam a Deus. Vejamos o texto em análise:
"Então subiu dali a Betel; e, subindo ele pelo caminho, uns meninos saíram da cidade, e zombavam dele, e diziam-lhe: Sobe, calvo; sobe, calvo!" (2Rs 2.23) (Grifo nosso)
Percebe-se claramente que a zombaria não atingia o profeta pelo fato de ser calvo. Pelo contrário, era uma afronta ao poder de Deus. Pouco antes, nos versos de 1 a 11, vemos a história do traslado de Elias, de modo que este subiu ao céu num redemoinho. Aqueles jovens, por sua vez, ao zombarem “Sobe, calvo; sobe, calvo”, na verdade colocavam em dúvida o poder de Deus que havia arrebatado Elias. Logo, Eliseu os amaldiçoou no nome do Senhor. Em outras palavras, podemos ter como exemplo de que de Deus não se zomba (Gl 6.7). Deus não se deixa escarnecer! Deus é quem lançou juízo sobre aqueles jovens que zombaram de Seu poder e autoridade.
Em seguida, a apostila do encontro nos traz diversos conceitos que permeiam a idéia de: a) maldição hereditária; b) maldição voluntária; c) maldição sobre a nação; d) maldição involuntária.
Acerca de tudo isso, o certo é que, a partir do momento em que cremos em Cristo como nosso Senhor e Salvador, e confessamos a Ele, todas as maldições e cadeias são quebradas. Não há porque ficar procurando probleminhas para tornar eficaz a libertação que o Espírito, em Cristo, nos concedeu. “E conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
Façamos, por conseguinte, a leitura do seguinte texto extraído da apostila do Encontro:
Todo pecado tem que ser renunciado (Tg. 4:7). Lembra onde está a brecha? Então, para que essa brecha seja fechada, é necessário que haja uma renúncia. Precisamos aprender a viver como santos. É preciso cortar a raiz de maldição que entrou pelo pecado. Mesmo tendo sido uma maldição que entrou através do pai, avô, bisavô, etc., precisa ser fechada. Satanás quer manipular esta geração.
Já argumentamos acerca das proposições acima e concluímos que, em Cristo, todas as nossas iniqüidades e maldições são levadas. Toda essa “renúncia” resume-se a receber a Cristo, genuinamente, como Senhor e Salvador das nossas vidas. Não há outros processos bíblicos para a quebra de maldições hereditárias ou involuntárias. O pecado precisa ser confessado sim (Tg 5.16)! Mas não significa que devemos trazer a nossa memória ofensa por ofensa. Basta, tão somente, crer na superabundante graça que opera em nossas vidas, e nos conservarmos íntegros e santos diante do Senhor (Rm 5.20; Hb 12.14,15). Devemos sim, lançar fora todo o ressentimento e a raiz de amargura, para que o perdão de Deus seja alcançado por nossas vidas. Mas não há necessidade de um processo complexo de libertação. A Palavra da Verdade nos é suficiente!
Para ler a Parte 7b clique AQUI!
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[1] Para aprofundar no estudo do tema acerca do Movimento da Fé, é interessante a leitura dos livros “Cristianismo em crise”, de Hank Hanegraaff; “A Sedução do Cristianismo” e “Escapando da Sedução”, de Dave Hunt. Há também outros livros que tratam destes temas: “Evangelhos que Paulo Jamais Pregaria”, “Erros que os pregadores devem evitar” e “Mais erros que os pregadores devem evitar” de Ciro Sanches Zibordi.
[2] HUNT, Dave. Escapando da sedução : retorno ao cristianismo bíblico / Dave Hunt; [tradução: Carlos Osvaldo Pinto]. – 2. ed. – Porto Alegre : Obra Missionária Chamada da Meia-Noite, 1999. Pg. 36-37.
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