domingo, 18 de abril de 2010

Análise do "Encontro": é tremendo! - Parte 1


Na primeira parte desta sequência de estudos, estarei disponibilizando o PREFÁCIO e a INTRODUÇÃO de uma apostila que confeccionei com o intuito de analisar algumas partes do "Encontro" realizado por grande parte das igrejas que aderiram ao movimento celular. Boa leitura a todos!


PREFÁCIO


O estudo da Palavra de Deus sempre nos remete a alguns problemas. Isso mesmo! Estudar a Bíblia é abrir-se para compreender e até mesmo para perceber diversas questões. Primeiramente porque a Bíblia é como um espelho que nos informa a nossa situação pessoal (Tg 1.23,24), situação essa que, em si mesma, já revela inúmeros problemas. Segundo porque, mediante um estudo sistemático da Palavra, começamos a perceber os diversos absurdos que o homem pode cometer, inclusive dentro da própria igreja evangélica.
Tudo isso não foi diferente comigo. Sempre fui apaixonado pela busca do conhecimento e, durante boa parte da minha vida, me dediquei à busca do conhecimento secular. Entretanto, pela misericórdia de Deus, há alguns anos tenho me dedicado, com bastante cuidado, à busca do conhecimento bíblico. É evidente que a base de tudo isso nasce no fato de Deus, pelo Seu infinito amor, ter querido que eu fosse concebido em um lar evangélico, criado segundo a Fé em Deus e no Seu Filho Jesus. Logo, indiretamente, devo este trabalho a meus pais, que sempre me incentivaram à busca do conhecimento e, principalmente, do conhecimento de Deus.

A leitura bíblica, desde muito cedo, foi incentivada em meu lar. Lembro-me dos incontáveis cultos domésticos onde meus pais faziam uma leitura do texto bíblico e em seguida explanavam o seu significado, mostrando-nos as grandezas de Deus. É, efetivamente, a esse tempo que voltei, quando comecei a confeccionar o presente trabalho; ao tempo de minha inocência onde, percebo inequivocamente, que adorava ao Senhor com simplicidade e com temor, crendo no evangelho bíblico, simples, sem invencionices e criações humanas. Como o profeta Jeremias nos exorta:

(Jr 6.16) - Assim diz o SENHOR: Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos nele.

Com o presente trabalho busquei, incessantemente, consultar nas veredas antigas, qual é o bom caminho, a fim de andar por ele. E como me redescobri! O temor do Senhor e o evangelho que vivia, ainda na época de criança, realmente revelam muito mais verdade e fundamento bíblico do que o atual evangelho que tem sido adotado por nossas igrejas.

Nesse trabalho, que considero singelo, tentei não me respaldar em posições pessoais. Pelo contrário, pedi que o Espírito me guiasse enquanto o mesmo era confeccionado segundo a Sua vontade. É evidente que sou falho e, que, em alguns momentos poderemos perceber uma visão pessoal. Mas essa não é a regra. Também o presente texto não está acima da Escritura; logo, é necessário que o leitor analise, examine e chegue às suas conclusões de acordo com a Palavra da Verdade.

É, pois, com muito amor, temor e tremor, que apresento a presente análise, a fim de alertar a quem deseja ser alertado, e a exortar a quem deseja ser exortado. O presente trabalho é veiculado a todos que, esvaziando-se de si mesmos, buscam a verdade com afinco; ou seja, é direcionado aos sábios:

(Pv 9.8) - Não repreendas o escarnecedor, para que não te odeie; repreende o sábio, e ele te amará.

INTRODUÇÃO


O número de igrejas e denominações que aderiram ao movimento G12 e suas vertentes (movimento de igrejas em células) é espantoso. O mais interessante é observar o nível de absorção das doutrinas e práticas que tal movimento alcançou dentro das denominações evangélicas. Atualmente, as igrejas que adotam a pragmática elaborada pela “Visão” têm alcançado enorme espaço, com um crescimento explosivo, e influenciado quase todas as comunidades que se auto-definem como evangélicas. Dessa forma, proceder com uma análise de uma parte das práticas adotadas por esta “Visão”, certamente, alcançará uma alta gama de críticas e ataques por parte de fiéis que se acharem afrontados. Logo, ressalto, inicialmente, que nossa intenção com este trabalho não é atingir e constranger as pessoas que se identificam com a dinâmica abordada pela “Visão”, mas sim denunciar, à luz da inerrante Palavra de Deus, alguns equívocos doutrinários absorvidos e propagados por grande parte daqueles que aderem a esse movimento.

Alguns, conseqüentemente, levantar-se-ão contra o trabalho aqui proposto trazendo argumentações das mais variadas. Mas isso não freará o que Deus tem inserido em meu coração. Certamente para aqueles que estão afundados no complexo doutrinário sugerido pela “Visão”, a leitura horizontal deste trabalho causará uma forte barreira no entendimento, gerando críticas impensadas, de modo que a negação das argumentações aqui propostas será a regra inicial. Assim, cumpre, antes de tudo, ressaltar que não se configura, dentre os meus objetivos, o alcance e o convencimento daqueles que tiverem acesso a este estudo; rogo apenas, em humildade, que o ledor deste texto, independentemente da denominação ou da prática doutrinária a que estiver vinculado, analise à luz das Escrituras, tal como faziam os cristãos de Beréia (At 17.11), com um espírito de humildade à soberana vontade do Espírito Santo, a fim de tirar sua conclusão. Aos que forem convencidos ou concordarem com as palavras deste estudo, peço que tenham sabedoria na hora de divulgar e de admoestar àqueles que já estão inseridos nas práticas dessa “Visão”, fazendo-o sempre com mansidão e temor (1Pe 3.15), conforme convém aos santos.

Não pretendo também, com a confecção deste trabalho, e como diz o ditado, “atirar pedras em árvores que dão frutos”; pelo contrário, o bom conhecedor das Escrituras tem plena consciência de que, mesmo aqueles ramos que dão frutos, são limpos a fim de que dêem mais frutos (Jo 15.2). Assim, a análise aqui elaborada não representa uma “pedra” atirada às igrejas que adotaram a “Visão”, mas sim uma ferramenta de limpeza, ou mesmo de profundo corte (quando relacionados àqueles que não derem ouvidos à verdade), uma vez que vem alicerçada na Verdade absoluta apresentada pela Bíblia Sagrada.

Que o Espírito Santo possa trabalhar o entendimento daqueles que tiverem acesso a este singelo estudo, para que o povo de Deus seja edificado, e que alguns sejam restabelecidos à sã doutrina. Boa leitura e a paz do Senhor a todos!


Jordanny Silva

Nenhum comentário: