VISTO DE LONGE E FORA DE FOCO
A imagem acima representa uma parábola perfeitamente aplicável à vida. Gostaria, antes de tudo, que você tentasse decifrar mentalmente o que está vendo.
Alguns vão pegar essa imagem e virar de um lado para o outro, ou colocar de cabeça para baixo na tentativa de decifrá-la. Há, porém, um segredo que provavelmente nos facilita discerni-la: Olhar à distância!
Você tentou novamente? Ainda não conseguiu? Então vai mais um segredo: Olhando-a a certa distância, desfaça um pouco o foco! Pronto? Provavelmente agora a imagem ficou nítida! E, se você conseguiu decifrá-la, você também está perplexo com a obviedade do que se revelou. E digo mais: Você praticamente não consegue ver outra coisa a não ser o que, de fato, esse desenho é!
Pois bem, meus amigos: Algumas coisas na vida também são assim. Alguns problemas; algumas circunstâncias adversas; algumas dificuldades que experimentamos... Vários fatores podem, em determinado momento, atrair a nossa atenção e o nosso foco de modo conciso, direto, fatalista! Contudo, olhar de perto alguns problemas, pode significar distanciar-se do discernimento preciso para se encontrar a solução. Não poucas vezes, discernimos claramente algumas situações quando nos distanciamos e nos desfocamos um pouco destas!
Nossas vidas, conforme percebo, são como magníficas obras de arte pinceladas sobre a tela do existir! Algumas circunstâncias parecem não fazer sentido, principalmente, quando estamos com olhos fitos e aproximados dessa tela! Entretanto, ao passo que vamos nos desprendendo um pouco, e mudando o olhar e o foco, o que aparentava ser um borrão obscuro, se evidencia e se completa na junção com outras cores novas e, no fim, tudo vai se discernindo de modo belo e extraordinário... É quando percebemos que as cores claras dependem das cores escuras, e que as cores tristes deixam nítidas as cores alegres!
Não se pode, porém, confundir o distanciar-se com o "ignorar", ou com o "fugir" do problema! Pelo contrário: Distanciar-se de modo cônscio, é caminhar no sentido da meditação, do exame, e do enfrentamento inteligente, mas não desesperado!
Também não se pode confundir o "desfocar" com o "desconcentrar". Desfocar, nesse caso, representa o ato de não absolutizar o problema ou a circunstância, tornando-o maior do que realmente é. Desfocar de modo inteligente, é descansar o olhar que estava estagnado, inerte, sobre a adversidade. É permitir-se ver além! E ver além é a chave que abre as portas para novas oportunidades!
Então, não se desespere; afaste-se um pouco e alivie o esforço impingido sobre o olhar! Descanse enquanto age! Busque olhar além! Você verá, depois disso tudo, que a imagem ficará nítida, e que o que aparentava ser um borrão indecifrável, será palpavelmente discernível. Então, de repente, você se verá perplexo pela escandalosa verdade manifesta no que agora é óbvio!
Há sempre uma saída! Há sempre solução! E a beleza se torna nítida e indiscutível!
Gama - DF, 21 de março de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário