O DIREITO DE SE DEFENDER
No auge do império medo-persa, nos dias do rei Assuero e da rainha Ester, um homem invejoso e com uma sanha de poder diabólica se ergue e, capciosamente, convence o rei a autorizar um decreto que tinha por finalidade o extermínio do povo judeu.
Mardoqueu, que tinha sido o responsável pelo casamento de Ester com o rei Assuero, convence a rainha a utilizar sua influência e, em humildade, suplicar que o rei revogue o decreto insano, genocida.
O rei, considerado "deus" pelos costumes da época, não podia voltar atrás em suas palavras, ordens, decretos ou autorizações. Uma vez feito, determinado, estava feito e determinado. Assim, não poderia atender à súplica de Ester, e revogar o decreto.
Contudo, Deus preparou o livramento para o povo e a parentela de Ester e de Mardoqueu, e o livramento consistia em simplesmente se defender. O rei Assuero decreta que o povo judeu poderia defender sua própria vida.
Nos dias de hoje, no Brasil, se levanta a discussão sobre a autorização ou não de a população de bem portar ou não armas de fogo. Para além de qualquer consciência cristã, considerando o número de mais de 60 mil pessoas mortas, vítimas de assassinatos, bem como o número de pessoas que são vitimadas por outros tipos de crimes violentos, tais como o estupro, o que a população suplica, é pelo direito de se defender.
Reitero que o direito em voga não é o de portar arma de fogo, mas o direito de poder se defender, e defender a quem se ama. Retirar isso da população, é uma covardia odiosa, vil e torpe; tal qual foi nos dias de Ester com o povo judeu, que se não lhes fosse concedido o direito de defesa, teriam sido exterminados da face da terra.
Há pessoas sinceras e que admiro muito, tendo carinho e amor especial, que defendem o desarmamento. Entretanto, nosso povo tem sido massacrado ante a perversidade albergada e defendida por um Estado falido e incapaz de dar proteção e segurança para o seu povo.
Conquanto haja pessoas realmente sinceras que defendem o desarmamento, por trás dessa campanha, há homens que, como Hamã nos dias do rei Assuero, têm uma sanha sobremodo aviltada e obsessiva pelo poder, e que sabem que para se dominar um povo, primeiro se o desarma. Foi assim em todos os regimes totalitários erguidos sob os moldes nazistas, comunistas e socialistas, e que geraram no decorrer do século XX mais de 100 milhões de mortos.
Eu sou irmão de um policial. E meu irmão está na polícia há mais de 17 anos. Em todo esse tempo eu não tive curiosidade de dar um tiro sequer, mesmo tendo sido convidado por ele mesmo a fim de aprender a atirar. Tenho 35 anos e nunca dei um tiro. Mesmo assim, defendo o direito de o cidadão de bem se defender. Não é porque eu decido não ter armas, que eu devo me posicionar contra aquele que deseja ter o direito de defender a si mesmo e aos que ama.
Leia o livro de Ester! Pense nisso!
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