Hoje no culto à noite, por diversas vezes notei o Espírito Santo falando autenticamente comigo. Em algumas delas até relutei em meu interior para não aceitar; mas não posso deixar de perceber que, quando a Palavra de Deus é direcionada às nossas vidas, não há como resistir.
Desse modo, decidi postar o presente texto. Primeiramente, devo asseverar que sempre tenho me identificado com diversos dos textos apologéticos. Aliás, todos os cristãos são convidados a batalharem pela fé genuína, em Cristo Jesus (Jd v. 3). O próprio Cristo se posicionou contra falsos mestres e falsos doutores com uma autoridade espiritual extraordinária.
Vejo muitos apologistas apresentando questões que, como pano de fundo, não revela o caráter de servidão e submissão à Palavra; mas o fazem apenas por vanglória. Vejo vários apologistas (incluo-me nesse rol) criticando e criticando pastores, obreiros e pregadores do evangelho em face de seus erros doutrinários, e concordo que isso deve ser feito. Contudo, um argumento válido e incontestável só alcança respaldo na verdade, quando se posiciona acerca de algo ou de alguém, por seu completo. Assim, percebo que tenho sido muito falho.
Diante disso, o que vou dizer e com todas as palavras, mesmo que alguns apologistas venham me atacar com veemência, não se revela um pedido de desculpas por ter apresentado, em alguns momentos em minhas pregações e textos escritos, erros doutrinários; apenas representa um reconhecimento pessoal de minha falha argumentativa ao não focar o que, muitos desses que foram objeto de minhas análises (seja por pregação verbal ou formal), têm feito enquanto um punhado de apologistas tem apenas se apresentado inerte.
Gostaria de frisar que, grande parte dos apologistas, não vive um verdadeiro evangelho voltado para o amor ao próximo. Atacamos e atacamos diversas igrejas, pastores e preleitores que, em relação ao amor ao próximo, têm feito muito mais do que um punhado de nós juntos. Vocês podem até dizer que, enquanto explanamos os abusos doutrinários, estamos demonstrando preocupação para com o nosso próximo; até certo grau eu posso concordar. Mas o que vejo é que a maioria de nós faz muito menos por meio de nossas críticas do que o verdadeiro evangelho exige de nós. Como diz o apóstolo Tiago, a fé sem obras é fé morta. E o que grande parte de nós, apologistas, temos feito, é viver um evangelho de profundo conhecimento, mas rasa em negação do próprio egoísmo e de atitude.
Apontamos os erros doutrinários de homens como René Terra Nova, Marcos Feliciano; de ministérios como a igreja Batista da Lagoinha, Sara Nossa Terra; mas, em demonstração de amor ao próximo e de preocupação com a questão social, num país que tem sofrido com a fome e a miséria, estamos muito distantes dele.
Agradeço a Deus que, por meio do Pb. Edson Rogeri, em nosso culto nesse domingo, percebi um grande ponto de falha em todos nós que temos nos empenhado no ministério apologético. Somos ótimos para criticar, e dedicamos um enorme espaço em nossos textos e púlpitos, para criticar; mas somos escusos ao apresentar os projetos e trabalhos que têm feito a diferença na vida de muitas pessoas que passam por necessidade. A própria Bíblia nos exorta a tomarmos uma atitude de auxílio em relação aos que passam por necessidade. Temos deixado de lado o primeiro amor. Sei que o principal, biblicamente falando, é cuidarmos da vida espiritual; mas temos nos esquecido que, uma pessoa que está passando por uma necessidade física, normalmente não conseguirá concentrar-se no que importa, enquanto estiver morrendo de fome. Nesse sentido, devo dizer que, grande parte das igrejas neopentecostais está dando de dez a zero na maioria dos apologistas. Viver um evangelho sem testemunho de boas obras, é viver um evangelho falso e tão corrupto quanto um evangelho que não se baseia na Palavra. Aliás, um evangelho sem testemunho de boas obras, não encontra fundamento algum na Palavra de Deus. Acredito que muitos que têm pregado heresias o têm feito por ignorância; e os desígnios do coração dos tais só serão revelados por Deus. Em contrapartida, muitos de nós, que somos apologistas, nos vinculamos a uma parte da doutrina bíblica, abandonando, conscientemente, a outra parte. Lanço, pois, a seguinte pergunta: será que não seremos, no último dia, desconhecidos por Deus? A justificativa de que sempre tivemos zelo pela Palavra de Deus, em questões doutrinárias, revelará absurda mentira de nossa parte, uma vez que temos consciência de que a Palavra nos ordena a vivermos o amor por meio das boas obras, dentre as quais, está a ajuda aos necessitados.
Somos todos hipócritas em grande parte do tempo. Considero-me um apologista e continuarei denunciando abusos doutrinários; mas não posso deixar de denunciar pontos em que eu mesmo tenho sido falho e que a maioria dos apologistas também têm sido.
Fica o presente texto para reflexão! Creio que não há necessidade de citar textos bíblicos a fim de corroborar o que escrevi: a própria consciência de muitos irá fazer o trabalho. Se não, creio que o Espírito Santo trabalhará o convencimento!
Gostaria, por fim, que você desse uma lida no texto: Carta aos apologistas - Parte 1
A paz do Senhor a todos!!!
Jordanny Silva
Um comentário:
Olha... realmente há muito não via algo vindo de DEUS em textos de bereianos e apologistas...
Parabéns...
Tomara que o Espírito Santo, continue esse trabalho!!!
Glórias a DEUS!
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