segunda-feira, 23 de junho de 2014

Aforismos e poesias: Lúcidos devaneios - Parte 26


Rendição

Num doce amargo de um culto ao ego
elevo o olhar – vão – ao monte Orgulho
de denso solo rochoso, duro;
donde o auxílio, aos prantos, peço...

E num tremor, pois, intenso, quedo
sem entender mais o já futuro
fendido ser mau, que é nada e tudo;
tão vivo e frágil, tal qual um feto...

Eis a linguagem do que é eterno,
eternizada na terna vida,
de sinais rudes, jeito dorido:

Adaga fria de fio de ferro,
que não se pode ser impedida,
a traspassar-me o “eu-inimigo”...

Gama – DF, 23 de junho de 2014.


Jordanny Silva

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